quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Houve uma vez em que explodi.
Não sobrou nada, nem mesmo cinzas.
Me vi fora de mim, olhando para quem não me via.
Sensação estranha, que, aos poucos, se tornou agradável.

Não mais seguiam meus passos,
Muito menos reparavam minha sombra.
Não secavam minhas lágrimas,
Porém ainda as provocavam.

Não me achavam estranho,
Me olhavam com indiferença, talvez por não me verem.
Me deixaram observar a Lua
E caminhar noite afora.
Ignoravam minha presença.

Num certo momento implorei por atenção,
Chorando desesperadamente, caí em soluços.
Por fim me conformei.
Acordei.
Tudo voltou a ser como antes.
Sinto falta da minha pseudo-existência.

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