sábado, dezembro 09, 2006

Mais poemas do meu querido pai

Vazio (Julho/87)

Cheio de vento.
Vazio.
Corpo que anda.
Sonâmbulo.
Vontade de gritar.
Não consigo.
Sem forças e vazio.
O jeito é esperar;
Ouvindo e olhando.
O vazio .

Do outro lado do mar (Setembro/87)

A voz de um irmão
pede ajuda,
do outro lado do mar.
Ouvimos, estáticos,
como se fossêmos máquinas...
A voz de um irmão
chora, implorando justiça.
Aqui, choramos, estáticos,
como se fôssemos máquinas...
A vida não tem dono;
Os caminhos não tem dono;
A liberdade não tem dono.
Aqui, vivemos, estático,
como se fossêmos máquinas.

Breve pensamento (março/87)

Por que essa cor
que é tão viva
e tão linda
aos poucos desaparece?
Por que o tempo
tem que deixar
suas marcas
nas coisas belas?
Será que posso
parar tudo agora,
e ficar com as
minhas lembranças
repletas da juventude?
Tudo deve ter um
motivo, uma explicação.

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Muito massa os poemas, sem rimas forçadas, tudo bem natural, belas palavras... achei esses poemas melhores do que os anteriores de seu pai que foram postados...

5:20 AM GMT-8  
Anonymous Anônimo disse...

Quando eu leio os poemas do seu pai consigo me inteirar junto a eles e isso me faz bem!
:)
seu pai é um ótimo poeta!

(L)

1:19 PM GMT-8  
Anonymous Anônimo disse...

agora atualiza essa merda capeta

6:05 PM GMT-8  

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